Dominar o mundo à força não era o bastante para Adolf Hitler. Ele queria mais. Sonhava em legitimar sua liderança suprema sobre a "raça humana purificada". Para isso, durante os anos de conquista da Europa, utilizou o poder das tropas nazistas para pilhar artefatos históricos - muitos de inestimável valor religioso - que conferissem o status de "inquestionável" à sua liderança. Lembrou-se dos filmes de Indiana Jones? Pois ficção e realidade encontram, no final da 2ª Guerra (1939-1945), um ponto de intersecção. O ditador alemão realmente tentou usar tal estratégia, e um professor descobriu a trama e acabou com os planos do Führer, como revela o historiador americano Sidney Kirkpatrick no livro As Relíquias Sagradas de Hitler.
Após ter acesso a informes do serviço de inteligência dos EUA, Kirkpatrick escreveu a história de como o primeiro-tenente do Exército Walter Horn soube do plano de Hitler para legitimar-se como governante mundial ao se apossar de um conjunto de ornamentos reais conhecidos como Joias da Coroa do Sacro Império Romano-Germânico - propriedade dos Kaisers, que durante mil anos (800 a 1806) foram os governantes máximos das terras unificadas da Europa Central, reinando com a bênção da Igreja Católica - e de um antigo artefato de guerra que supostamente seria a lendária Lança Sagrada - também conhecida como Lança do Destino e Lança do Longino -, com a qual um centurião romano teria perfurado o peito de Jesus, para certificar-se de sua morte após a crucificação.
Soa estranho pensar que Hitler imaginasse que a posse de tais objetos fosse capaz de legitimar seu domínio sobre o planeta. A hipótese levantada por Kirckpatrick é que o ditador alemão buscava símbolos. "A posse da Lança Sagrada e das Joias da Coroa pode ter sido, na mente de Hitler, um meio para justificar sua tentativa de conquistar o mundo ocidental, como fez Carlos Magno antes dele", afirma o pesquisador. "Também poderia explicar por que Hitler acreditava ter autoridade para cometer as atrocidades pelas quais seus capangas foram julgados em Nuremberg."
O que a Lança do Longino e as Joias da Coroa tinham em comum era o simbolismo. Para uma legião de fanáticos, elas bastariam para conferir ao governante um status quase divino. Haviam sido veneradas por plebeus e nobres e, nas mãos de Hitler, seriam grandes armas psicológicas para conquistar a confiança dos compatriotas.
Conhecendo o que aconteceu no passado, temos que prestar para que não volte a acontecer no futuro.
ResponderExcluirMuito Interessante, parabens pelo post
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